terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Adeus, 7 de copas...

A menina fechava o portão enquanto o carteiro passava. Saindo de casa, ela andava como se estivesse numa corda bamba, pés colados, um após o outro. Gabi levava o 7 de copas. Gostava de números ímpares...
Seguia pela rua apreensiva. Avistou Dona Dedé, cadeira na porta de casa. As crianças corriam atrás do cachorro de Marcinha, coitado...
Fez que não viu a bola do Leo, apesar do garotinho pedir para que ela desse um pequeno chute. Seguiu. Gabi levantava o rosto enquanto ajeitava os cabelos. Ela cantava. Alguma cantiga inventada, mas cantava. O passo agora era outro, menos tenso e apreensivo, mais leve.
Chegou na praça da cidade -verdade que não havia andado tanto- e ficou. Mesmo que não tivesse percebido que havia deixado o 7 de copas numa esquina qualquer.