terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Selos
Tava em Falta com quem me mandou selos :)
Esse foi mandado por http://divagandoeaprendendoounao.blogspot.com/ e também por http://odiaemquesamara.blogspot.com/
agradeço aos donos dos blogs e peço desculpas pela demora e a desatualização.
hahahahahaha
domingo, 6 de abril de 2008
Pois é assim que está sendo...
Dois caminhos. O lado direito e o lado esquerdo eram transversais desde o ano passado. Com o tempo, passaram a viver paralelamente. O esquerdo era menina, meiga, porém havia se fechado porque tinha medo de algumas curvas que deformaram o seu caminho e que até hoje machucavam muito. O direito era garoto, engraçado, inteligente e bem amoroso. Dava um valor danado a vida apesar de também ter passado por algumas tristezas, curvas e ladeiras íngremes que feriram muito o seu coração. Paralelamente, eram amigos. Fizeram outro caminho juntos. Não, não era livre daquelas curvas, mas era cheio de respeito e compreensão. Eles se completavam, sabe? Um compensava o outro. Quase nunca brigavam. O novo caminho era cheio de sorrisos. Ah, quantos sorrisos... Sempre os mais bonitos. Os mais espontâneos. Era tanta coisa boa que dava pra fazer chuva de papel picado com cada palavra bonita que ele dizia pra ela. Hoje, eles constroem outro caminho. O direito mostrou que não necessariamente eles eram opostos e que não era impossível colocar alguns ladrilhos de amor em seus caminhos. Na verdade, juntaram tudo num só e decidiram continuar junto. Eu falei com eles e sabe o que eles responderam? “É verdade, o direito e o esquerdo se completam.”
Foi assim que aconteceu o casamento do amor com a felicidade?
Pois é assim que está sendo...
Foi assim que aconteceu o casamento do amor com a felicidade?
Pois é assim que está sendo...
domingo, 23 de março de 2008
O aniversário
Vovó chegou às 5 da manhã e trazia nas mãos um embrulho. Bonito, feito de papel brilhoso e fita de cetim amarrado num laço.
Deixou-o em cima da mesa e foi embora. Vivi "dormia" no sofá, com os olhos semicerrados e acompanhava tudo. Hoje era seu aniversário. Ela já tinha arrumado tudo no quarto dos fundos. Todas as bonecas, balões, chapéus e até brigadeiros feitos de papel, já que não havia quitutes. Eu não tinha nada a ver com essa história, sei nem como vim parar aqui. Mas vovó fazia parte dela... Chegou o momento. 9 da manhã. Vivi olhou por cima do sofá e levantou. Estava lá, do jeito que vovó havia deixado. No embrulho, ela escreveu: VIVI, já que a menina havia aprendido a escrever o nome recentemente. Curiosa, foi até a mesa. Abriu-o com todo cuidado enquanto decidia guardar a fita para enfeitar os cabelos. Não acreditou. Foi ao banheiro, lavou o rosto e voltou. Era isso mesmo. Um vestido! Azul, com gola branca e que serviria direitinho com os sapatos que a Giorgia havia lhe repassado, visto que não a serviam mais. Vivi se vestiu. O relógio já apontava para as 9:15. Correu até o quarto dos fundos. Abriu a porta e... aquele foi o melhor aniversário da sua vida.
sábado, 22 de março de 2008
sobre a chuva...
As coisas lá em cima têm um "q" de egoísmo. O que eles mais têm mandado pra cá é chuva, que ainda por cima deixa a gente doente!
indagação:
Quando era pequena, ganhou uma caixinha da avó e queria o Sol para guardá-lo. Como resposta, disseram que ela só podia ter a chuva como parte do céu. Hoje, ela se pergunta:
se a única coisa que a gente pode ter do céu é a chuva... Então o doutor Ricardo, que mandou construir uma hidrelétrica para abastecer a cidade de Rio Claro, possui um pedacinho do céu?
indagação:
Quando era pequena, ganhou uma caixinha da avó e queria o Sol para guardá-lo. Como resposta, disseram que ela só podia ter a chuva como parte do céu. Hoje, ela se pergunta:
se a única coisa que a gente pode ter do céu é a chuva... Então o doutor Ricardo, que mandou construir uma hidrelétrica para abastecer a cidade de Rio Claro, possui um pedacinho do céu?
quinta-feira, 20 de março de 2008
Algo de amor
Ele veio tão rápido, tão rápido... E eu sabia o que queria de mim.
Saiu quase do mesmo jeito que entrou, salvo a esperança que o acompanhava antes de entrar naquela casa. Não houve diálogo, nunca houve. Permaneci quieta debruçada na janela do único quarto que me permitia ver a rua. Ouvi quando a campainha tocou, mas não me mexi. Dona Olga deve ter atendido, sempre abre a porta quando recebemos visitas. Do quarto, sentia que ele tinha acabado de sentar na segunda poltrona – a que eu costumava tocar depois que ia embora - e que havia aceitado o café forte que convidava a rua a comparecer com suas xícaras. Parece-me que veio com notícias e no fundo, eu o imaginava perguntando:
- E Violeta, como está?
Ah, como queria respondê-lo! Mas não era permitido. A gente queria, mas não podia ser parte um do outro. Vinte minutos depois, poltrona vazia. Eu, ainda debruçada acompanhava seu passo lento descendo a rua. Precisava de um terno novo. Enquanto isso, Dona Olga jogava no lixo mais algumas flores endereçadas a mim.
Saiu quase do mesmo jeito que entrou, salvo a esperança que o acompanhava antes de entrar naquela casa. Não houve diálogo, nunca houve. Permaneci quieta debruçada na janela do único quarto que me permitia ver a rua. Ouvi quando a campainha tocou, mas não me mexi. Dona Olga deve ter atendido, sempre abre a porta quando recebemos visitas. Do quarto, sentia que ele tinha acabado de sentar na segunda poltrona – a que eu costumava tocar depois que ia embora - e que havia aceitado o café forte que convidava a rua a comparecer com suas xícaras. Parece-me que veio com notícias e no fundo, eu o imaginava perguntando:
- E Violeta, como está?
Ah, como queria respondê-lo! Mas não era permitido. A gente queria, mas não podia ser parte um do outro. Vinte minutos depois, poltrona vazia. Eu, ainda debruçada acompanhava seu passo lento descendo a rua. Precisava de um terno novo. Enquanto isso, Dona Olga jogava no lixo mais algumas flores endereçadas a mim.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Adeus, 7 de copas...
A menina fechava o portão enquanto o carteiro passava. Saindo de casa, ela andava como se estivesse numa corda bamba, pés colados, um após o outro. Gabi levava o 7 de copas. Gostava de números ímpares...
Seguia pela rua apreensiva. Avistou Dona Dedé, cadeira na porta de casa. As crianças corriam atrás do cachorro de Marcinha, coitado...
Fez que não viu a bola do Leo, apesar do garotinho pedir para que ela desse um pequeno chute. Seguiu. Gabi levantava o rosto enquanto ajeitava os cabelos. Ela cantava. Alguma cantiga inventada, mas cantava. O passo agora era outro, menos tenso e apreensivo, mais leve.
Chegou na praça da cidade -verdade que não havia andado tanto- e ficou. Mesmo que não tivesse percebido que havia deixado o 7 de copas numa esquina qualquer.
Seguia pela rua apreensiva. Avistou Dona Dedé, cadeira na porta de casa. As crianças corriam atrás do cachorro de Marcinha, coitado...
Fez que não viu a bola do Leo, apesar do garotinho pedir para que ela desse um pequeno chute. Seguiu. Gabi levantava o rosto enquanto ajeitava os cabelos. Ela cantava. Alguma cantiga inventada, mas cantava. O passo agora era outro, menos tenso e apreensivo, mais leve.
Chegou na praça da cidade -verdade que não havia andado tanto- e ficou. Mesmo que não tivesse percebido que havia deixado o 7 de copas numa esquina qualquer.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Olhou para um lado, olhou para o outro e disse:
- Pronto! de agora em diante só vivo com isso.
Maria não comia, não bebia, nem se quer respirava. Uma caixa de lápis de cera e alguns papéis... era o bastante. A menina rabiscava, rabiscava e rabiscava. Até que num dia de feriado, os papéis acabaram.
- E agora? Será o meu fim?
Maria sabia que se parasse de rabiscar, desapareceria. Desesperada, começou a rabiscar as paredes, uma por uma. Os lápis ela sabia que não acabariam. Eram mágicos! Rabiscou as paredes, os móveis, o corredor, as escadas, o uniforme do porteiro e até hoje colore o mundo.
Se você ainda vê algo em preto e branco não é porque Maria esqueceu de colorir. Ou ela preferiu assim ou ainda não passou por lá.
- Pronto! de agora em diante só vivo com isso.
Maria não comia, não bebia, nem se quer respirava. Uma caixa de lápis de cera e alguns papéis... era o bastante. A menina rabiscava, rabiscava e rabiscava. Até que num dia de feriado, os papéis acabaram.
- E agora? Será o meu fim?
Maria sabia que se parasse de rabiscar, desapareceria. Desesperada, começou a rabiscar as paredes, uma por uma. Os lápis ela sabia que não acabariam. Eram mágicos! Rabiscou as paredes, os móveis, o corredor, as escadas, o uniforme do porteiro e até hoje colore o mundo.
Se você ainda vê algo em preto e branco não é porque Maria esqueceu de colorir. Ou ela preferiu assim ou ainda não passou por lá.
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